Ontem, dia 13 de janeiro, pelas 21h30, o Museu Mineiro de São Pedro da Cova promoveu mais uma iniciativa de “Encontra-te com…” O tema proposto para debate foi a Paz e os Direitos Humanos.
Assim, convidamos Ilda Figueiredo, Presidente da Direção Nacional do Conselho Português para a Paz e a Cooperação, e Isabel Santos, Vice-Presidente da Comissão de Democracia, Direitos Humanos e Questões Humanitárias da Assembleia Parlamentar da OSCE, a debater sobre “A Luta pela Paz: Liberdade e Democracia” e “Refugiados: Respostas Humanizadas”, respetivamente. Para moderar esta discussão, como já havia acontecido nos anteriores Encontros, Daniel Vieira, Presidente da Junta da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, começou por apresentar as convidadas e lançar o tema em debate.
Ilda Figueiredo, partilhou a sua experiência como elemento de um grupo de eurodeputados, que no campo, foram contactar com a realidade de vários países, com o objetivo de conhecer a realidade sobre a existência de armamento nuclear nos países do Médio Oriente. Este trabalho, entregue no Parlamento Europeu, concluiu que a existência deste tipo de armamento, nos países visitados, era uma grande mentira. A mentira que justificou o inicio da guerra do Iraque.
Já Isabel Santos partilhou o que viu nas fronteiras dos vários países que visitou. O que viu foi, 86% dos refugiados em países em via de desenvolvimento, que, ao fim de vários anos em campos de acolhimento, sem o mínimo de condições, partem em direção à Europa, à procura de melhores condições de vida. Os restantes 14% procuram países industrializados, como EUA e Canadá. Afirma ainda que a União Europeia é que “tardou, e continua tardar, na resposta”.
Ilda Figueiredo finalizou com um BASTA de Guerra, “pois quando se tomam decisões, o que se decide é a vida das pessoas. E é pela vida que as pessoas se deslocam dos seus países para outros.” e Isabel Santos afirma ser urgente combater as redes clandestinas de tráfico humano, com a criação de canais legais para imigrantes; de fronteiras avançadas junto dos países e origem; e canais humanitários para os refugiados, de forma a “permitir que haja uma nova geração que consiga voltar mais tarde para as suas regiões de origem”.
A conversa foi ainda aberta ao público presente, concluíndo-se que quando estão em causa questões Humanas, independentemete das diferenças de cada um, é necessário que todos se unam para as defender.
