Realizou-se hoje uma visita ao local onde estão a decorrer os trabalhos de remoção de milhares de toneladas de resíduos perigosos.
Com esta visita pretende-se continuar a acompanhar um processo que teve desde o inicio o empenho e intervenção da Junta de Freguesia. A sua realização permitiu conhecer que estão já removidas 87 mil toneladas de resíduos, sendo que os prazos estipulados de duração dos trabalhos estão a ser cumpridos, de acordo com informação dos responsáveis. No final,a Junta de Freguesia referiu que é urgente que as entidades responsáveis, nomeadamente o Ministério do Ambiente, refiram o que vão fazer a médio prazo, designadamente a requalificação ambiental e cultural do espaço - uma exigência desta autarquia - mas também a curto prazo, ou seja, como vai ficar o local após a remoção.
Nesta visita acompanharam a Junta de Freguesia os responsáveis da CCDR-N, da Agência Portuguesa do Ambiente e da Ecodeal.

Visita à remoção dos resíduos perigosos de São Pedro da Cova
Visita à remoção dos resíduos perigosos de São Pedro da Cova
  • Visita à remoção dos resíduos perigosos de São Pedro da Cova
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  • A remoção dos resíduos perigosos de São Pedro da Cova representa um facto de enorme relevância para esta freguesia. Estamos perante a resolução de um dos maiores problemas ambientais do país.
    Leia aqui as reportagens do Jornal Público
    "Começa hoje a ser resolvido um dos maiores passivos ambientais do país"
    "Em São Pedro da Cova, as Memória as histórias escrevem-se a carvão"

    "Não há mais razões para os resíduos continuarem em São Pedro da Cova". Junta de Freguesia pede requalificação do espaço.
    Foi ontem assinado em São Pedro da Cova, entre o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e a empresa Ecodeal, o contrato para a remoção das 88 mil toneladas de resíduos perigosos existentes em S. Pedro da Cova, uma acção quer vai custar 13 milhões de euros.
    Este acto simbólico contou com as presença do Ministro do Ambiente, Eng. Jorge Moreira da Silva, que se comprometeu com o inicio dos trabalhos "no prazo de muitos poucos dias", referindo ainda que estes demorarão cerca de nove meses, com "70 a 80 camiões por dia" a retirar as 88 mil toneladas de resíduos industriais perigosos,depositados nas escombreiras das antigas minas de S. Pedro da Cova entre maio de 2001 e março de 2002.
    O Presidente da Junta da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova referiu na ocasião que "apesar dos atrasos verificados e do silenciamento deste problema durante muitos anos, a assinatura do contrato representa o culminar de um processo, não havendo agora mais razões para que os resíduos continuem em São Pedro da Cova". O Presidente da Junta exigiu que a remoção avance rapidamente e que também seja prestada uma informação à população sobre a qualidade da água na região, compromisso que também foi assumido pelo Ministério e pela CCDR-N. Para Daniel Vieira, a "história não acabou" e a Junta continuará atenta até a resolução do problema.
    Aproveitando a presença do Ministro do Ambiente, o Presidente da Junta lançou o "desafio para que o Estado desenvolva, em parceria com as autarquias locais um projeto de requalificação ambiental, paisagística e cultural em S. Pedro da Cova."
    "Não basta remover os resíduos perigosos. Foi criado este problema à freguesia, há uma imagem que está associada em consequência da deposição destes resíduos. A freguesia e a população têm que ser compensadas por este problema", considerou, em declarações à agência Lusa.
    Na opinião de Daniel Vieira, depois da remoção dos resíduos, esta é "uma forma de compensação pelo crime que aqui foi cometido e do problema imerecido porque a população de S. Pedro da Cova em nada contribuiu" para esta situação.
    "Podia ser aqui criado um espaço que valorizasse toda esta zona", defendeu. No discurso, o presidente da CCDR-N, Emídio Gomes, considerou "bom" o desafio lançado pelo presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova para depois de terminada a remoção deste passivo ambiental São Pedro da Cova em nada contribuiu" para esta situação. 
    Na opinião de Emídio Gomes "com o património natural constituído pelas serras de Santa Justa, Pias e Castiçal, que liga os municípios de Paredes, Valongo e Gondomar, com este ministro e com este secretário de Estado" haverá tempo de "lançar ainda algo de útil" e de aceitar o desafio do autarca local.

     

    821310-nTribunal afasta obstáculo à remoção dos resíduos perigosos de S. Pedro da Cova. Governo referiu na semana passada que só a providência cautelar requerida pela Semural impedia o arranque da operação. Veja aqui a notícia completa do jornal Público.

    danielvieiraAutarca de S. Pedro da Cova população compensada por Governo pelos resíduos perigosos. O presidente da União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, Daniel Vieira, quer que o Governo compense a população desta localidade do concelho de Gondomar após a remoção dos resíduos depositados nas antigas minas locais.
    "Esta população foi confrontada com um problema de toneladas de resíduos perigosos depositados nesta freguesia. Pensamos que é necessário uma solução pós-remoção. Esta população deve ser compensada por este crime ambiental. E não haveria melhor forma do que a requalificação ambiental de todo o espaço envolvente", defendeu Daniel Vieira.
    O autarca falava, à agência Lusa, após uma audiência na Assembleia da República que serviu para a União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova confrontar a Comissão Parlamentar do Ambiente e Ordenamento do Território com os "atrasos sucessivos" na resolução do problema de depósito de resíduos perigosos nesta localidade.

    logo arsnorteO presidente da Administração Regional de Saúde do Norte garantiu hoje estar "a acompanhar" o caso dos resíduos perigosos de S. Pedro da Cova e que "se existir perigo para a saúde das populações" haverá intervenção.
    O Ministério do Ambiente garantiu hoje à Lusa que o prazo para remoção dos resíduos perigosos depositados em S. Pedro da Cova termina a 31 de dezembro de 2015, pelo que os fundos comunitários destinados ao processo não estão "perdidos".
    Esta resposta surge na sequência da notícia avançada hoje pelo jornal Público, que avançou que o tribunal considerou inválida a adjudicação feita pelo Governo.
    Hoje, à margem da cerimónia de assinatura de protocolo para Carta de Equipamentos de Cuidados de Saúde Primários da Cidade do Porto, Castanheira Nunes foi questionado pelos jornalistas sobre esta situação, tendo garantido que a Administração Regional de Saúde (ARS), pelo setor de Saúde Pública, está efetivamente a acompanhar esse caso", realçando que este dossier "não é só da competência da ARS Norte".
    "De facto, há outras entidades que são competentes nesta matéria e designadamente a câmara municipal e as autarquias dessa região. Isso não significa que nós não estejamos preocupados e a saúde pública está efetivamente a tratar desse assunto", disse.
    O presidente da ARS Norte antecipou ainda que "se existir perigo para a saúde das populações, a saúde pública vai intervir".
    "O objetivo é resolver o problema a muito curto prazo, tenho essa informação e estão de facto a estudar o problema", afirmou.
    Em resposta transmitida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) a várias questões colocadas pela agência Lusa, o Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE) afirmou que "não é verdade que a verba comunitária referente ao projeto de remoção dos resíduos de São Pedro da Cova tenha sido 'perdida'. O prazo de execução do projeto, que conta com financiamento comunitário, termina em 31 de dezembro de 2015, pelo que o acesso aos fundos comunitários não está perdido".

    O presidente da Junta de Freguesia S. Pedro da Cova/Fânzeres, Gondomar, já tinha afirmado hoje ser "incompreensível e inqualificável" que o processo de remoção de resíduos perigosos ali depositados "encalhe novamente" por "erros e omissões" do Governo.

    remooderesiduosO Presidente da Junta de Freguesia S. Pedro da Cova/Fânzeres, Gondomar, afirmou hoje ser "incompreensível e inqualificável" que o processo de remoção de resíduos perigosos ali depositados "encalhe novamente" por "erros e omissões" do Governo.
    Em declarações à Lusa, Daniel Vieira mostrou-se incrédulo com a notícia avançada hoje pelo jornal Público, que dá conta que o financiamento comunitário da operação "urgente" da remoção de 88 mil toneladas de resíduos perigosos depositados nas antigas minas de S. Pedro da Cova, avaliada em 11 milhões de euros, "está perdido" após o tribunal ter considerada inválida a adjudicação feita pelo Governo.
    Daniel Vieira afirmou que em causa está "mais do que desleixo", acrescentando que não se pode "permitir que um assunto destes encalhe por erros e omissões absolutamente incompreensíveis, que nem sequer têm qualificação".
    "Não vamos permitir que este assunto seja silenciado novamente e que responsáveis de hoje também fujam às suas responsabilidades", sublinhou o autarca, que ainda na terça-feira foi ouvido na Assembleia da República sobre este processo e nada lhe foi comunicado sobre esta sentença do TAFB e suas alegadas consequências.
    Adiantando que vai solicitar de imediato uma audiência ao ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, Daniel Vieira disse, contudo, que a atual situação "exige muito mais do que esperar por uma audiência do ministro, requerimentos e perguntas" ao Governo. De acordo com o Público, "a causa mais próxima desta situação é a sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga (TAFB) que, a 04 de Novembro, considerou que a exclusão de uma empresa --- ABB-Alexandre Barbosa Borges, SA --- no concurso público lançado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) para a remoção dos resíduos foi ilegal e que, consequentemente, também a decisão do então Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento Território (MAMAOT) de, a 10 de Julho de 2013, adjudicar a empreitada à Ecodeal-Gestão Integral de Resíduos Industriais foi 'inválida'".
    O Público destaca ainda que esta sentença foi decidida 16 dias antes de a Comissão Europeia avisar que Portugal tinha dois meses para remover os resíduos e que, em resposta, a CCDRN apenas referiu estar "impedida de dar sequência ao processo" devido ao pedido de impugnação e providências cautelares ao concurso público interpostas por duas das 14 empresas que se apresentaram a concurso (Semural-Waste & Energy, SA e ABB-Alexandre Barbosa Borges SA).
    "A confirmar-se que se podem perder os fundos comunitários e que tal se deve a erros da participação do Estado, quer no processo concursal quer nas ações judiciais, o Governo e o Ministério do Ambiente têm que assumir as consequências disto, que é demasiado grave, porque se trata de um caso de saúde pública", afirmou o autarca.
    A Lusa contactou a CCDRN e o ministério do Ambiente sobre esta sentença do TAFB e sobre a perda dos fundos comunitários, mas até ao momento ainda não obteve resposta.
    Em todo este processo, em vários contactos efetuados pela Lusa para obter dados sobre o seu desenvolvimento, nunca a CCDRN referiu existir uma sentença do tribunal, mesmo quando na semana passada foi questionada sobre o tema.
    Num terreno ermo, entre uma extensa área verde e as antigas minas de S. Pedro da Cova, estão enterradas 88 mil toneladas de resíduos de elevada perigosidade provenientes da extinta Siderurgia Nacional.
    Os resíduos sem qualquer tipo de tratamento terão sido depositados ali, a céu aberto, entre maio de 2001 e março de 2002, sendo considerados pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) altamente perigosos, por conterem teores elevadíssimos de chumbo, cádmio, crómio, arsénio e zinco.