Resíduos Perigosos em S. Pedro da Cova
O presidente da Administração Regional de Saúde do Norte garantiu hoje estar "a acompanhar" o caso dos resíduos perigosos de S. Pedro da Cova e que "se existir perigo para a saúde das populações" haverá intervenção.
O Ministério do Ambiente garantiu hoje à Lusa que o prazo para remoção dos resíduos perigosos depositados em S. Pedro da Cova termina a 31 de dezembro de 2015, pelo que os fundos comunitários destinados ao processo não estão "perdidos".
Esta resposta surge na sequência da notícia avançada hoje pelo jornal Público, que avançou que o tribunal considerou inválida a adjudicação feita pelo Governo.
Hoje, à margem da cerimónia de assinatura de protocolo para Carta de Equipamentos de Cuidados de Saúde Primários da Cidade do Porto, Castanheira Nunes foi questionado pelos jornalistas sobre esta situação, tendo garantido que a Administração Regional de Saúde (ARS), pelo setor de Saúde Pública, está efetivamente a acompanhar esse caso", realçando que este dossier "não é só da competência da ARS Norte".
"De facto, há outras entidades que são competentes nesta matéria e designadamente a câmara municipal e as autarquias dessa região. Isso não significa que nós não estejamos preocupados e a saúde pública está efetivamente a tratar desse assunto", disse.
O presidente da ARS Norte antecipou ainda que "se existir perigo para a saúde das populações, a saúde pública vai intervir".
"O objetivo é resolver o problema a muito curto prazo, tenho essa informação e estão de facto a estudar o problema", afirmou.
Em resposta transmitida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) a várias questões colocadas pela agência Lusa, o Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE) afirmou que "não é verdade que a verba comunitária referente ao projeto de remoção dos resíduos de São Pedro da Cova tenha sido 'perdida'. O prazo de execução do projeto, que conta com financiamento comunitário, termina em 31 de dezembro de 2015, pelo que o acesso aos fundos comunitários não está perdido".
O presidente da Junta de Freguesia S. Pedro da Cova/Fânzeres, Gondomar, já tinha afirmado hoje ser "incompreensível e inqualificável" que o processo de remoção de resíduos perigosos ali depositados "encalhe novamente" por "erros e omissões" do Governo.