Na Bacia Carbonífera do Douro
A partir do século XVIII, com a Primeira Revolução Industrial, o carvão mineral passou a ser utilizado como fonte energética, substituindo a lenha, que era a principal fonte de energia utilizada pelo Homem.
O carvão é uma rocha sedimentar, combustível, formada a partir de restos vegetais, que se encontra em diferentes estados de conservação, tendo sofrido afundimento, seguido de compactação, em bacias originalmente pouco profundas.
O carbono é o principal elemento presente na antracite, embora sejam encontradas na sua composição outras substâncias, como o enxofre, oxigénio e hidrogénio. Uma vez que o carvão possui alto teor de carbono, ele é um material bastante combustível.
Quanto maior a percentagem de carbono, maior a energia libertada na queima (poder calorífico). No caso das antracites da Bacia Carbonífera do Douro, o poder calorífico libertado pode variar entre as 8.500 e os 9.000 Kcal/m3.
À parte de pequenas e antigas explorações efetuadas na Bacia Carbonífera do Douro (BCD) podem ser definidas duas áreas mineiras principais: São Pedro da Cova e Pejão.
A BCD foi o afloramento mais extenso do carbonífero em Portugal, composta por uma faixa com cerca de 53 Km de comprimento, raramente ultrapassando os 500m de largura, interrompida pelos granitóides do Maciço de Castro Daire e Arouca (Jesus, 2001). Situada no noroeste de Portugal, era constituída por uma estreita faixa de terrenos do Carbonífero continental, com orientação geral NO-SE, que se estende desde S. Pedro Fins (Maia) até, pelo menos, próximo de Janarde (S. Pedro do Sul).
Formada por uma fenda de base, que possuía intercalações de escoadas de barro, à qual se sobrepunham xistos fossilíferos alternados com conglomerados, arenitos, pelitos e carvão.
A turfa que deu origem ao carvão da BCD depositou-se num pântano minerotrófico, tendo, posteriormente, a matéria orgânica atingido o grau de antracite A (metantracite) em resultado do aumento de temperatura provocada pela implantação de rochas graníticas existentes a nível regional. Estes carvões encontram-se num estado bastante evoluído, com elevado grau de incarbonização e aspeto muito brilhante.
Curiosidade: Este é o combustível fóssil mais abundante na Terra. Podemos encontrar as suas maiores jazidas nos EUA, Rússia e China.